A pesquisa acarológica é uma forma de dispor dados sobre alguma doença ou parasitas, que podem trazer riscos à saúde local. Esse tipo de pesquisa é requisitado quando uma doença pode trazer epidemia a uma região.
Qual a importância dessa pesquisa?
A acarologia é requisitada quando uma doença está muito presente em uma região. Assim, através deste estudo, podemos saber a causa ou fonte que traz essa doença e até onde os riscos da mesma pode chegar.
Um bom exemplo é a febre maculosa, que vem do carrapato carregado pelas capivaras. A simples presença de um animal pode afetar negativamente a sociedade, sendo permitido inferir isto através dos dados que a pesquisa acarológica pode fornecer para a população.
Etapas da Pesquisa Acarológica
Quando há uma notificação sobre uma área suspeita com casos de parasitismo, a SUCEN (Superintendência de Controle de Endemias) entra em ação realizando o monitoramento a cada três meses. Caso seja encontrado algum parasita, é identificado a espécie do mesmo. Essa ação é seguida de um relatório que classifica se uma área está infestada ou não.
Tipos de áreas de infestação
Quando uma área recebe o título de "Área Infestada" pode receber quatro subtítulos diferentes, que são: Área de transmissão, Área de Risco, Área Predisposta e a Área de Alerta.
Área de transmissão é aquela identificada com um caso confirmado de doença. É necessário o inquérito de soroepidemiológico nos hospedeiros para a classificação da área. Após um período de dez anos sem a confirmação de casos humanos, a classificação deixa de ser Área de risco, e deve ser submetida a uma nova avaliação.
A Área de risco possui uma população humana e tem uma pesquisa acarológica positiva para carrapatos. Essa classificação existe pelo período de cinco anos. Quando a área é submetida a uma nova avaliação para ser reclassificada como Área sem Infestação ou permanecer como Área Infestada.
Já a Área Predisposta também possui população humana, uma pesquisa positiva para parasitas e uma população de animais hospedeiros. Será mantida como Área Predisposta até que uma outra pesquisa seja feita para reclassificar essa mesma região.
Já na Área de Alerta, o risco de epidemia é muito maior pela quantidade elevada de população humana, pesquisa positiva para parasitas e a baixa presença de animais hospedeiros. Desse modo, os parasitas irão atrás de novas fontes para sobreviver, sendo a população humana o seu maior alvo e trazendo maiores casos de morte.
Assim, vemos que as pesquisas acarológicas são muito importantes para a segurança de uma população. Toda a área habitável deve passar por esse tipo de pesquisa, para evitar riscos futuros.
Ainda, no Estado de São Paulo, para novos empreendimentos a serem implantados em municípios de ocorrência da Febre Maculosa, quando detectada a presença de capivaras, é necessário apresentar um laudo de avaliação de vulnerabilidade para Febre Maculosa Brasileira (FMB) para aprovação no GRAPROHAB (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo).
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